quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Apenas uma explicação

Pessoal, estou aqui agora só para dizer que não esqueci do blog, estou apenas com falta de tempo para postar, porém logo estarei de volta com mais textos.
Abração a todos e um feliz 2010!

domingo, 29 de novembro de 2009

Olá!

Estou de volta depois de algumas semanas, sem justificativa dessa vez, apenas com um pedido de desculpas por deixar que o Blog ficasse desatualizado por tanto tempo.

O post de hoje é sobre um livro, A cabana.
Falar de Deus é algo bem difícil, principalmente porque as pessoas não querem ouvir, ou porque já acham que sabe ou simplesmente não acreditam que Ele exista. Qualquer um pode falar de Deus, isso é claro, mas nem todo mundo está apto, nem todo mundo consegue tornar esse assunto agradável e prazeroso, conheço pessoas que deveriam saber exatamente como fazer isso e que fazem o contrário tornando o assunto chato e repetitivo, isso acontece com muita frequência.
O que torna esse livro bom e evangelizador é a abordagem escolhida pelo autor para representar a Santidade, são os tabus que ele quebra e a reflexão que ele nos trás a respeito de nossas escolhas e sobre o que estamos fazendo com nossas vidas. Várias vezes durante a leitura você se identifica com algo que é falado, tanto pelo personagem de Mark quanto por Papai que é Deus. Este livro é para todos, todas as religiões e acredito até para aqueles que não creem ou perderam a fé. É uma oportunidade de reflexão ou simplesmente uma história emocionante, vai depender da fé de quem lê.

Resenha do livro: Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack Allen Phillips é raptada e evidências de que ela foi brutamente assassinada são encontradas em uma cabana abandonada.
Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o para voltar à cabana onde aconteceu a tragédia.
Apesar de desconfiado, ele vai ao cenário do crime numa tarde de inverno e adentra passo a passo no cenário do seu mais terrível pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda seu destino para sempre.
Em um mundo tão cruel e injusto, A cabana levanta um questionamento atemporal: Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar nosso sofrimento?

É essa indicação de leitura que eu deixo.
Se alguém tiver algo a considerar, opinião, pergunta, sobre o livro fique à vontade para comentar.
Até a próxima!

beijos,
G. MtF!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um nome muito conhecido, mas uma história renegada

Olá, galera!

Depois de uma semana tumultuada e de um fim de semana recheado de trabalho, estou aqui para trazer-lhes um assunto diferente do dos outros posts: pintura.

Desde o início de nosso projeto, tenho tentado criar um texto sobre essa expressão artística, no entanto, outros temas foram surgindo e acabei me esquecendo da empreitada.

Hoje, depois de umas conversas com a co-autora do blog, decidi postar sobre Vincent Van Gogh. O motivo? Basta olharem aqui no alto do espaço virtual que vocês encontrarão uma de suas mais famosas pinturas: Noite estrelada. Além disso, minha prima é apaixonada por sua obra, então, o artista não poderia ser outro.

Para meu profundo desgosto, não estou muito inserido no campo das artes plásticas e não tenho um bom conhecimento sobre telas ou esculturas. Por isso, recorri ao bom e velho Google para procurar algo sobre este pintor para trazer até vocês.

Até o presente momento, meus únicos contatos com Van Gogh haviam sido as conversas com minha prima, a leitura de uma breve biografia do mesmo que encontrei em um livro na biblioteca de minha faculdade sobre as principais expressões artísticas do milênio passado e seus respectivos representantes e, claro, as aulas de artes do colégio.



Rebelde, inclinado à solidão, até mesmo insociável, Van Gogh era um desajustado no seu lar, em sua terra e em sua sociedade. Considerado um dos principais representantes da pintura mundial. Nasceu na Holanda, no dia 30 de março de 1853, e foi criado em uma família protestante, constituída por seus pais, suas irmãs Elisabeth, Anna e Wil; e seus dois irmãos Cor e Theodore. Este último, apelidado Theo, foi o irmão que, durante toda a sua vida, esteve ao seu lado, dando-lhe sustento emocional e financeiro.

Aos 16 anos, ele foi contratado por uma administradora de obras de arte. Três anos depois, ele foi transferido para Londres, e dois anos depois para Paris. Após essas viagens, Van Gogh perdeu todo o seu interesse na venda de obras, e resolveu seguir os passos do pai e se tornar um pastor, para evangelizar os pobres.

Tendo seu curso de Teologia pago por seus pais, não encerrou os estudos e refugiou-se na Bélgica, onde iniciou seu tabalho como pastor, sempre pregando para os pobres. Foi nesse tempo que desenvolveu seu fascínio pela vida dos trabalhadores, usando os mineradores como inspiração para seus desenho à lápis.

Tendo retornado ao lar em 1880, encantou-se novamente com a arte do desenho e da pintura e resolveu estudar anatomia e perspectiva, especializando-se, como o próprio anuncia, em desenhos que retratem a vida. "Eu não quero pintar quadros, quero pintar a vida".

Alguns meses depois ele deixou a residência dos pais e foi ter algumas aulas de pintura com seu primo Anton Mauve. Gogh até mesmo chegou a se envolver com uma prostituta grávida chamada Sien Hoomik, com o qual ele teve um filho. Ele continuou a aperfeiçoar suas técnicas, sempre que possível usando Hoomik como modelo de seus quadros. Uns anos depois ele ficou irritado com Hoomik, e resolveu cortar relações com ela. Por conta de sua falta de inspiração, ele resolve voltar à residência dos pais para continuar seu treinamento artístico. Lá, ele é introduzido pela primeira vez às obras de Jean-Franqois Millet, no qual fica fascinado e começa a basear seu estilo nas obras de Millet.

Após o fracasso de "Os comedores de batatas" - quadro pintado com o objetivo de impressionar a comunidade artística, mas que não atingiu seu objetivo - muda-se para Paris, passando a viver com o Theo. Lá, descobre o encanto das cores claras e vibrantes e passa a usá-las de forma a dar vida a seus trabalhos. "Eu quero a luz que vem de dentro, quero que as cores representem as emoções".

Em Paris, Gogh conheceu vários artistas de renome, como Claude Monet, Paul Gauguin, Camille Pissarro e Emille Bernard. Gogh e Gauguin se tornam grandes amigos nessa época. Dois anos depois, Gogh se muda para Arles, na esperança de que seus novos amigos se juntem a ele para a criação de uma escola de arte.

Mais tarde, ele e Gauguin mudam-se para Arles e vivem um período de profunda fertilidade no trabalho. Porém, surgem os primeiros sinais de sua doença mental, a qual lhe causava ataques de epilepsia, ataques psicóticos e desilusões. Ele chegou ao ponto de perseguir Gauguin com uma faca, ameaçando-o constantemente. Certo dia, devido à uma briga com o amigo por causa de uma mulher, cortou sua própria orelha e mandou entregá-la a causadora da discussão.

Internando-se após este episódio, o pintor produz uma infinidade de obras no hospital, dentre as quais a obra que ilustra nosso despretencioso blog.

No mês de maio, deixou a clínica e voltou a morar em Paris, próximo de seu irmão e do doutor Paul Gachet, que iria lhe tratar. Este doutor foi retratado num de seus trabalhos: Retrato do Doutor Gachet. Porém a situação depressiva não regrediu. No dia 27 de julho de 1890, atirou em seu próprio peito. Foi levado para um hospital, mas não resistiu, morrendo três dias depois.

É considerado um dos inicadores do expressionismo e impressiona com a vitalidade de algumas obras e a morbidez de outras. Apesar de extremamente talentoso, sofreu do mesmo mal que tantos sofreram e sofrem até os dias de hoje: falta de reconhecimento perante a crítica. Somente conseguiu reconhecimento após a morte, graças aos esforços da esposa de Theo, o qual veio a falecer 6 meses após a morte do irmão.

Bem, esse foi um pequeno resumo da vida e obra de Van Gogh. Abaixo, seguem seus principais trabalhos:

- Os comedores de batatas;
- A italiana;
- A vinha encarnada;
- A casa amarela;
- Auto-retrato;
- Retrato do Dr. Gachet;
- Girassóis;
- Vista de Arles com Lírios;
- Noite Estrelada;
- O velho moinho;
- Oliveiras.

Para minha tristeza, tive que usar alguns ctrl+c, ctrl+v. Entretanto, fiz bastantes adaptações e creio que tenha ficado agradável.

Conto com a crítica sincera de todos vocês. Não tenho medo de ser criticado, pois tenho a ambição de melhorar sempre, logo, digam a verdade =)

Um abraço a todos e até o próximo!

Rodrigo, MtF!

Edit: Woow! Não sabia que o post tinha ficado tão grande! Desculpem-me :P

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sete vidas

Olá!

Depois de algumas semanas sem postar, por vários motivos, estou de volta e tentarei me redimir. A princípio, viria para falar de Hamlet, de Shakespeare, peça que eu e o Rodrigo tivemos
a oportunidade de ver na temporada no Oi Casa Grande aqui no Rio. Eu adorei, é sensacional, e exatamente por isso exigiria um post muito mais elaborado e crítico, então assim que sentir que posso falar de Shakespeare e de sua grandiosidade, trago para vocês algo sobre a peça.

O filme de hoje é Sete Vidas, de Gabriele Muccino o mesmo diretor de " À procura da felicidade", com Will Smith.


Will Smith é Ben Thomas um agente da receita federal. Durante o filme ele se propõe a achar sete pessoas para ajudar, são pesso
as devedoras da receita e que ele procura o real motivo das dívidas, assim tenta com seu próprio julgamento decidir quem é bom e quem é que está tentanto fugir de pagar seus tributos. Uma dessas pessoas é Emily Posa (Rosaria Dawson) que sofre de problemas cardíacos. Ben a investiga e a testa,como faz com todos os outros "candidatos" a serem salvos de alguma forma, porém com ela o envolvimento é um pouco mais forte.
Durante o filme, ocorrem vários flashs temporais que ajudam você a "desvendar" o porquê dele estar fazendo isso.
O filme é dramático, daqueles para te fazer chorar, no final você já imagina o que vai acontecer, mas ainda assim torce pra estar errado.
Atuação fantástica de Will Smith e de Rosaria, deram veracidade e me fizeram refletir assim que o filme acabou. Na verdade, me senti estranhamente perturbada no final. Eu não queria que o filme acabasse...

Bom, fica essa a sugestão de filme para o fim de semana ou, quem sabe, para quem como eu está se aproveitando da guerra na zona norte da nossa maravilhosa cidade do Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas de 2016, para ficar em casa. Ah, amanhã tem paralisação dos professores do Estado. Que maravilha!

Então é isso, até a próxima.

Gabriela, Mtf!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

"Mas que é a vida senão uma combinação de astros e poços, enlevos e precipícios?"


Olá, galera!

Eu sei que esse papo já está virando rotina, porém, não consigo evitar: desculpem pela demora na postagem. Estou em período de provas e estou ficando doido por isso, rsrs.

Mudei uma centena de vezes o assunto do post de hoje. Já pensei em escrever de tudo. No entanto, me veio à cabeça um livro que li recentemente e é sobre ele que falarei.

Ressurreição foi o primeiro romance publicado de Machado de Assis, no ano de 1872. Ele pertence à sua primeira fase de trabalho, conhecida como fase romântica. Contudo, desde essa primeira história, ele já demonstrava seu caráter crítico e extremamente observador quanto ao comportamento humano. Ao longo de todo o romance, pode-se sentir seu sarcasmo e suas "brincadeiras" com o destino de suas personagens e com a emoção do leitor.

É claro que por ser um escritor predominantemente realista, sua fase romântica foi recheada de muita ironia, em contraste com a escola romântica da época, a qual apregoava um texto dramático, exagerado e não condizente com a realidade.

Longe de repudiar o romantismo, estou apenas colocando o ponto de vista daqueles que eram contra esta forma de escrita.

Voltando ao escrito em questão, é um belo texto com um desenrolar digno do criador de Capitu e Bentinho. Por ser seu primeiro livro, está longe de ser tão bom quanto Dom Casmurro ou Memórias Póstumas de Brás Cubas, entretanto, é bastante notável sua iniciante aptidão para as letras.

Fica a dica: quem se interessar, o livro pode ser encontrado gratuitamente, assim como toda a obra de Machado, no site http://www.dominiopublico.gov.br/

Um grande abraço a todos e até o próximo post.

Rodrigo, MtF!

P.S.: O título do post é uma das frases que o protagonista diz ao longo da história. Só por ela, já dá para saber que esse não é um típico livro romântico.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Som & Fúria

Olá, pessoal.

Um dos grandes problemas da sociedade moderna é a falta de tempo. Ela atinge a todas as pessoas, independentemente de cor, sexo ou crença. E, como humanos convencionais, eu e minha prima estamos passando pela mesma situação. Por isso, estamos com um pequeno atraso nas postagens. Tenho muita afeição por esse espaço e já estava morrendo de saudade de escrever aqui.

Deixando de lado tanta enrolação, vamos ao assunto de hoje. Estou para falar sobre essa série há algum tempo, contudo, outros assuntos foram surgindo e acabei postergando a vinda deste.


Devo admitir que só me interessei pela série devido ao fato de ser um fã incondicional de teatro. Quando vi aquelas vinhetas da Globo anunciando, fiquei bastante empolgado. E não me arrependi.

Som & Fúria trata do teatro de uma maneira bastante divertida. Mostrando todos os prós e contras da vida artística, a série define essa arte como sendo algo que deve ser levado a sério. Não é, como muitos acham, simples brincadeira ou "o emprego mais fácil do mundo". É trabalho e esforço para levar ao público o real significado da obra poduzida, a qual, tem uma mensagem para nos dizer ou, então, é feita para nosso entretenimento, objetivando fazer-nos relaxar um pouco perante tantos problemas que "devemos" enfrentar.

Como não poderia deixar de ser, existe um romance por trás da trama da série, afinal, se não houvesse isso, não seria uma produção da Globo, certo? Além disso, imagino que é a maneira que a emissora tem de garantir audiência.

Dante (Felipe Camargo) é um ator em decadência. Após estrelar Hamlet no Teatro Municipal de São Paulo e ser bastante aclamado por esse trabalho, tem um surto no meio da terceira apresentação da peça e acaba sendo taxado de louco, o que acaba com qualquer oportunidade que viesse a ter. Caído no esquecimento, leva uma vida com diversos problemas finaceiros e dirigindo peças que não fazem sucesso. O motivo de tudo isso? Sua ex-namorada, Elen (Andréa Beltrão), a qual interpretava Ofélia, teve um caso com Oliveira (Pedro Paulo Rangel), grande amigo de ambos e, também, diretor da peça de Shakespeare.

Sete anos após esse fatídico acontecimento, que é onde se inicia a história, Oliveira é atropelado por um caminhão de salsicha e falece. Após esse trágico acidente, a Companhia de Atores do Teatro Municipal perde seu diretor no meio da temporada de clássicos. Para substituí-lo, Dante é convidado para o cargo de diretor artístico.

De volta ao teatro onde tudo ocorreu, ele terá que enfrentar uma série de problemas, tais como: uma Elen mesquinha e mimada; um diretor soberbo e egocêntrico, falo de Oswald Thomas (Antônio Fragoso); falta de orçamento e o espírito de seu antigo amigo Oliveira, que voltou, não se sabe porque, para ajudá-lo a dirigir aquela mesma peça que que o fez desmoronar anos antes.

Essa é a minha sinopse. Vale muito à pena assistir, nem que seja para dizer não gostou. Os episódios podem ser encontrados, como qualquer outra coisa no planeta, na internet. Não vou dar qualquer site pois não conheço. Contudo, basta usar o Google.

Uma produção extremamente dispendiosa, porém, que merece cada centavo investido. Há um total de 12 episódios, com direção de Fernando Meirelles e um elenco que "dá show".

Isso é tudo por hoje. Reitero o pedido de desculpa e reafirmo o prazer que tenho em escrever nesse espaço. Ademais, peço suas críticas e sugestões para que, ao longo do tempo, eu possa melhorar minha maneira de escrever e os tópicos do blog.

Um grande abraço a todos e até mais.

Rodrigo, MtF.

P.S.: Apenas respondendo àlgumas pessoas, a sigla "MtF" significa "muito fácil", que é o nome do blog.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Visão do cotidiano


Olá, galera!

Quanto tempo! Estava com saudade de escrever aqui. Estas semanas têm sido complicadas. O período começou há tão pouco tempo e já temos matéria o suficiente para estudar durante toda sua duração.
Desculpas pedidas, vamos ao tema de hoje.

Estive pensando bastante no que escrever. Como citado no meu texto anterior, estou com várias ideias, porém, qual delas escolher? Solucionando essa dúvida, eis que surge um acontecimento, em minha opinião, maravilhoso: a bienal do livro.

Só para situá-los, estive lá ontem e, como não poderia deixar de ser, está excepcional! A única coisa que me deixa muito triste é o fato de não poder comprar todos os livros que eu gostaria. Como dizia o comercial de um banco há algum tempo atrás, "Universitário é tudo pobre", rsrs.

Devaneios à parte, a bienal me impeliu a falar sobre algum escrito e decidi que seria sobre Cecília Meireles.

Há algumas semanas atrás, tive o prazer, para não dizer a honra, de ter em mãos "Janela Mágica", coletânea de crônicas da autora que fala sobre o cotidiano de todos nós. A diferença desse para os outros livros?

Imagine uma janela. Sua utilidade é permitir a passagem de ar e luz e nos fornecer a visão do que está fora, ou dentro, para quem muda seu ponto de referência. Agora, atribua a esse objeto o elemento mágico, aquele que está dentro de cada um de nós, mas que insiste em se esconder para não nos fazer parecer ridículos perante à sanidade que, supostamente, devemos possuir.
Essa mistura é exatamente o que demonstra a coletânea: uma visão mágica sobre a rotina que levamos. Uma visão sobre o que fazemos e deixamos de fazer. Um tratado sobre a mágica da vida.

Grande parte das crônicas retrata a infância. Com sensibilidade e leveza próprias das crianças, Cecília consegue nos fazer olhar o mundo de uma outra perspectiva, a de quem não perdeu a alegria de viver, apesar de tantos motivos para fazê-lo. E ela critica, duramente, o estilo de vida que levamos. A falta de sentido em algumas de nossas ações, a perda da sensibilidade e a ausência de percepção da importância do outro. É fácil encontrar-se em alguns, para não dizer em quase todos, textos.
Atual, marcante e crítica. É assim que classifico esta fabulosa obra. Recomendada à todas as pessoas, especialmente àquelas que perderam a pouca humanidade que ainda nos resta.
Só para rechear um pouco esta resenha, trago uma das crônicas que mais apreciei. Uso o verbo apreciar pois, ler Cecília, não é somente fazer uma leitura, é ser forçado a utilizar todos os sentidos para conseguir atingir o clímax da história.

O ANJINHO DEITADO

Esvoaçavam mil anjos pela cidade... Anjos góticos, barrocos, modernos, existencialistas e atômicos.
"E este anjinho que não esvoaçava: este anjinho deitado!"
As igrejas estão cheias de anjos!
Alastram-se anjos por todas as paredes, nós todos estamos pensando em belos anjos muito antigos, a voarem entre Nazaré e Belém, a acordarem pastores e a cantarem para Deus e para os homens, que há um Menino Maravilhoso nas palhinhas de uma gruta.
"Mas este anjinho deitado já não se sabe o que pode ver por dentro das pálpebras".
O anjinho vai deitado numa caixa de seda cor-de-rosa, como um presente de Natal. Uma carreta escura e triste o vai levando, solitário. Na verdade, não se sabe quem o acompanha...
Às vezes, sou eu; depois, é um táxi que sai do alinhamento; torno a ser eu; é um longo carro diplomático; é um desses carrinhos doidos que brincam de correr pela cidade; mas torno a ser eu.
Sou eu o seu acompanhante mais fiel, quem sabe por que circunstâncias do destino! O anjinho deve ser uma menina de uns três ou quatro anos, dessa idade verdadeiramente linda, em que as crianças descobrem o mundo, utilizam o "por quê?" a cada instante e todos os dias aprendem uma palavra nova.
Quem não chora ao perder uma criança dessa idade?
E, se os homens não fossem tão distraídos e não andassem também tão amargurados com suas experiências de adultos, quem haveria, nas ruas, que não sentisse uma dor na alma à passagem deste pequeno caixão acetinado?
Quando a carreta desaparece, olho para os lados, vejo as multidões que desembocam das ruas, apressadas, fatigadas, carregadas de presentes: todos pensando em árvores de Natal, no que se pode e não se pode comprar, no que desejaria fazer, nas alegrias preparadas, nas alegrias previstas... Jóias, perfumes, vestidos, brinquedos...
Renovam-se as vitrinas incansáveis; vendedores já sonolentos desenrolam papéis festivos, dobram mecanicamente as pontas perfeitas dos embrulhos, dão mil voltas aos atílhos coloridos e dourados, fazem laços de fita que parecem dálias...
Mas a carreta reaparece, está de novo na minha frente e eu me pergunto se esta meninazinha não estará vendo a rua, lá de dentro; se a caixa acetinada não se terá feito transparente aos seus olhos de anjo; se ela não sorrirá com sabedoria precoce para toda esta pressa das ruas; e não se sentirá já sossegada e livre de tudo isto, sem mais gosto por bonecas, bolas, palhaços, coisas que os homens inventaram para tornarem mais aceitável a vida...
"Talvez a menina não esteja mesmo lá dentro, mas pousada no alto da carreta, como um ornamento, como um anjo entre os mil anjos deste Natal, dizendo adeus para todos nós, que continuamos aqui, enquanto ela sobe para a festa, com os outros anjos em pleno céu".
Perdoem-me se fui exacerbadamente apaixonado ao escrever. Aqueles que são contra, façam o obséquio de se pronunciar para estabelecermos uma troca de ideias.
Um grande abraço a todos que têm apreciado e ajudado em nosso empreendimento de valorizar a cultura. Muito obrigado pelas críticas! E, se alguém tiver interesse em algum assunto especial, é só pedir que traremos para vocês.
Rodrigo, MtF.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Desejo

Estou de volta (finalmente!) trazendo um texto maravilhoso e interessante.
"Desejo" é um poema de Victor Hugo, um grande poeta e escritor francês autor dos livros Os miseráveis, O corcunda de Notre Dame e Os trababalhadores do mar. Se alguém tiver a oportunidade de ler Os miseráveis eu indico.
Esse poema deu origem a uma música do Barão Vermelho -muito bonita por sinal- Amor pra recomeçar é o nome, vou anexar ao post um vídeo com a música.

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você sesentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono dequem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar esofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

youtube: Amor pra recomeçar- Frejat
http://www.youtube.com/watch?v=aaeRGCyxtMk


Espero que gostem, se identifiquem, enfim sem querer puxar o saco mas desejo isso aí pra cada um que acompanha o blog :)

até a próxima!

Gabriela, MtF!

domingo, 30 de agosto de 2009

"República"

Olá, pessoal!

Estava com várias ideias para o post desse domingo, mas, ao encontrar este texto no blog do José Saramago, no dia 27 de agosto, achei-o fantástico! Espero que ele possa encantá-los tanto quanto a mim.

"Vai para cem anos, em 5 de Outubro de 1910, uma revolução em Portugal derrubou a velha e caduca monarquia para proclamar uma república que, entre acertos e erros, entre promessas e malogros, passando pelos sofrimentos e humilhações de quase cinquenta anos de ditadura fascista, sobreviveu até aos nossos dias. Durante os enfrentamentos, os mortos, militares e civis, foram 76, e os feridos 364. Nessa revolução de um pequeno país situado no extremo ocidental da Europa, sobre a qual já a poeira de um século assentou, sucedeu algo que a minha memória, memória de leituras antigas, guardou e que não resisto a evocar. Ferido de morte, um revolucionário civil agonizava na rua, junto a um prédio do Rossio, a praça principal de Lisboa. Estava só, sabia que não tinha qualquer possibilidade de salvação, nenhuma ambulância se atreveria a ir recolhê-lo, pois o tiroteio cruzado impedia a chegada de socorros. Então esse homem humilde, cujo nome, que eu saiba, a história não registou, com uns dedos que tremiam, quase desfalecido, traçou na parede, conforme pôde, com o seu próprio sangue, com o sangue que lhe corria dos ferimentos, estas palavras: “Viva a república”. Escreveu república e morreu, e foi o mesmo que tivesse escrito: esperança, futuro, paz. Não tinha outro testamento, não deixava riquezas no mundo, apenas uma palavra que para ele, naquele momento, significaria talvez dignidade, isso que não se vende nem se deixa comprar, e que é no ser humano o grau supremo."


Está nos faltando esperança nos dias de hoje...

Créditos totais e exclusivos do grande escritor José Saramago. Para mais, acessem seu blog: http://caderno.josesaramago.org/

Abraço a todos e até o próximo post!

Rodrigo, MtF!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

"A gente é educado pra não roubar, mas não é educado pra não ser roubado"

Olá, pessoal!

Comentei com um amigo que esse mês bati meu recorde: assisti três filmes brasileiros no cinema em menos de 30 dias! Isso, para mim, é um feito incrível, tanto pela falta de promoção do cinema nacional, quanto pela ausência de cinemas que deem-no espaço. E devo dizer que valeu à pena!

Deixando de enrolar, o post vai falar de um desses filmes. "Se nada mais der certo" é uma obra-prima brasileira que não se vê há algum tempo. E para comentar à altura essa película, temos uma presença especial aqui, meu grande amigo Vinícius Monteiro, o Vinnie.

Atualmente, ele se encontra no quarto período da graduação de cinema e é um apixonado pelo que faz. Portanto, ninguém melhor do que ele para fazer uma análise.

No entanto, seu texto é bem técnico, então, se não entenderem algo, é só perguntar que, com todo prazer, ele responderá pra vocês.

Sem mais delongas, vamos à crítica.


O filme conta a história de um jornalista ferrado que mora com uma viciada em drogas e o filho dela. Sem dinheiro nem para pagar a luz, ele e dois novos amigos, uma figura andrógena e um taxista devastado pelo suicídio do pai, se unem para praticar delitos cada vez mais perigosos. A obra retrata muito bem os jovens que são “órfãos de Estado”, que lutam diariamente para sobreviver num sistema falho, quase inexistente. O resultado é a anarquia dos injustiçados. A narração de Léo, em off, e os títulos dos capítulos conduzem as questões propostas pelo filme. “A gente é educado pra não roubar, mas não é educado pra não ser roubado.”; “O trabalho danifica o homem”, “A lógica do formigueiro”, “Não se meta com meus inimigos”. Esses elementos, juntos com imagens em super 8, planos sem nenhuma relação com a estória e uma trilha sonora inusitada quebram a narratividade, dando ao filme um tom abstrato e descontínuo, assim como as vidas desses jovens.

Belmonte se apóia em câmeras tremidas e numa fotografia estourada e suja para mostrar o caos e a corrupção de uma megalópole. O filme é constituído por muitos planos fechados e big closes, que conseguem transmitir a sensação de claustrofobia que os personagens sofrem, por estarem presos a uma sociedade regida pela hipocrisia.

O trabalho sonoro de “Se nada mais der certo” é uma obra à parte. O som do filme nem sempre condiz com a imagem, gerando uma nova significação a tudo. Ruídos e músicas inesperadas em momentos inesperados. “Os saltimbancos”, musical infantil adaptado para o português por Chico Buarque, está presente em grandes momentos do filme, adicionando uma ironia ácida à estória. O silêncio também é muito bem aproveitado por Belmonte que, apesar do humor ‘tarantinesco’ presente em algumas cenas, faz um trabalho muito minucioso na direção de atores, tornando os personagens tão fortes que transbordam na tela.

A montagem do filme é baseada em elipses temporais, muito parecidas com as de Godard, e no choque entre planos, característica do cinema construtivista russo, que, através de imagens ‘opostas’ cria-se um contraste, gerando uma significação maior. O filme é todo composto de cortes na narrativa, cartelas, offs, músicas, imagens aceleradas e etc.. Isso aproxima o filme de Belmonte do cinema-novo, onde o mais importante não era contar uma estória, mas gerar questionamentos sobre o tema, através da trama e de como ela é contada. Por isso a cena de sexo entre ‘Léo’ e ‘Marcin’ é mostrada em poucos closes, pois o objetivo não é mostrar o ato sexual, mas o encontro de duas pessoas perdidas no meio de tanta desordem.

A direção de arte se faz presente até no vazio dos cenários. Conseguimos perceber muito bem a diferença sócio-cultural entre os personagem, mesmo eles estando na mesma condição financeira, seja pelo figurino ou pelos objetos de cena. Os personagens e seus mundos se mostram concretos e verossímeis. Mérito também das ótimas atuações, em especial da atriz Caroline Abras (‘Marcin’) que, com sua personagem, se torna o centro das atenções e o pivô de todos os acontecimentos.

Aqui vai o link do trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=mHPU9YivQJY

Recomendo a todos!

Encerro por hoje agradecendo novamente ao meu amigo Vinícius. Obrigado, Vinnie, pelo texto! Ficou excelente!

Abraço,

Rodrigo, MtF.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

" E a paixão há de ser como a noite … eterna. "

Olá!
Antes de tudo quero justificar minha ausência, minha conexão estava bem ruim esses dias e não gosto nem de imaginar o tempo que levaria para carregar qualquer post. Então, agora com o meu problema parcialmente resolvido venho hoje falar de um filme maravilhoso.

Romance é o filme que eu escolhi para falar e indicar hoje. Além de ter meu ator favorito Wagner Moura, conta com um grande elenco como Letícia Sabatella, Marco Nanini, Vladimir Brichta, José Wilker e Andréa Beltrão. Vou anexar ao post a sinopse e o trailler.

O filme é lindo, assim que eu o defino, fala do teatro e grande parte das cenas são feitas nele, ressalta as dificuldades e falta de investimento nele hoje e acaba também marcando os "conflitos" e diferenças do teatro e da televisão. Tristão e Isolda é uma obra que os protagonistas encenam durante o filme, a propósito é outro filme que eu indicaria.

Sem esquecer da trilha sonora bem marcante com a música Nosso estranho amor de Caetano Veloso e da música feita para Tristão e Isolda do sertão.

No filme tem citações de Nietzsche e frases lindas. O título do post é uma delas e vou deixar mais duas que eu mais gostei e assim finalizo meu post de hoje.

" Quem não morre por seu AMOR, dele não merece viver ... "

" O que importa o som da minha voz se é o som do meu coração que deves ouvir."

Sinopse
Pedro (Wagner Moura) é um ator e diretor de teatro, que se apaixona por Ana (Letícia Sabatella), também atriz, ao contracenar com ela a peça "Tristão e Isolda". O namoro deles é afetado pelo posterior sucesso dela na TV, impulsionado pela empresária Fernanda (Andréa Beltrão). Além disto, ao gravar um especial de TV, Ana conhece Orlando (Vladimir Brichta), um ator por quem se apaixona.
beijos e até a próxima!
Gabriela, MtF!

domingo, 16 de agosto de 2009

Mudando de assunto...

Olá, pessoal!

Já que minha adorável prima e companheira resolveu "abandonar-nos" à nossa própria sorte, rsrs (ela diz estar sem imaginação para postar), venho aqui fazer meu terceiro post consecutivo. Contudo, hoje, vou decepcioná-los, ou não, quanto ao tema.

Ao invés de falar sobre algum livro, algum cantor, algum anime, vou tocar em um assunto muito mais tangível a qualquer um que se digne ser intitulado cidadão brasileiro: miséria.

Não tenho a mínima pretensão de mudar o objetivo do blog. Pensamos bastante (não é, Gaby?) antes de criá-lo e não será num impulso que vamos transformá-lo.

Semana passada, estava eu voltando do consultório médico quando, de uma das opressoras janelas do ônibus; por diversos motivos, detesto janela de ônibus; me deparei com uma cena que, a princípio, é muito corriqueira em nossa cidade, para não dizer planeta: duas meninas de, aproximadamente, 8 e 10 anos (pura especulação minha) brincando com, o que imagino eu, tenha sido alguma vez em sua existência um guidão de bicicleta.

Elas estavam acompanhadas por seus pais, uma mulher que parecia ter 35 anos e um homem uns 5 anos mais velho, e o que mais me chamou a atenção foi que, segundos atrás, eu estava admirando a beleza de um colégio de freiras, cujo nome não me vem à memória nesse momento.

Como podemos viver em um mundo tão desigual? Enquanto eu estou aqui a digitar em meu notebook, palavra que aquelas pessoas só devem ter ouvido falar através de transeuntes soberbos que por elas passavam, eles estavam lá, aos farrapos, divertindo-se com, ao que nós consideramos, nada.

Não serei hipócrita a ponto de dizer que sou o ser mais altruísta do mundo, porém, tenho um pensamento, infelizmente procedente de outrem, que jamais me sai da cabeça: atualmente, estamos acostumados com tamanho descaso com as vidas humanas, todavia, só conseguiremos mudar isso, quando deixarmos de ser cegos e passarmos a, ao menos, enxergar a realidade à nossa volta.

Traduzindo: não deixem que essas pessoas se tornem comuns em nossas vidas. Eu sei que é fácil acomodar-se e deixar que o problema persista, mas sejamos fortes e lutadores. Não permitam que esse problema passe despercebido por vocês. Sempre que virem um morador de rua, ou uma família deles, deixem que seus corações se apertem! Deixem que doam! É somente a partir disso que conseguiremos promover alguma diferença, pois a indiferença já tomou conta de nossas almas.

Eu sei que isso é um papo muito idealista, entretanto, se todos começarmos a nos sentir mal com essas situações, chegará um tempo em que nossa consciência não permitirá que continuemos a viver sem fazer coisa alguma. Esse é apenas o primeiro degrau de uma longa escadaria.

Resolvi escrever isso aqui pois precisava compartilhar desse pensamento. Meu coração dói demais quando vejo alguém passando por uma dificuldade que eu não tenho nem ideia de como seja. Reclamar que a passagem está muito cara ou que o café da manhã não está bom é perda de tempo. Há milhões de seres que agradeceriam se pudessem ter esse tipo de insatisfações.

Por isso, valorizemos a vida. A nossa vida, a vida do outro. Assim, recuperaremos o direito de sermos chamados seres humanos.

Um grande abraço e até o próximo post.

Rodrigo, MtF.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O contador de histórias

Olá, galera!

Estou em falta com o blog! Mas tenho uma explicação. Passei essa semana quase toda na casa da minha tia e lá fico sem internet pois ela é monopolizada pelo meu primo. Então, desculpem-me.

Sei que, no post anterior, prometi que iria falar sobre "À deriva". No entanto, resolvi mudar meu foco pois ainda não vi este, ou seja, eu acabaria falando de um filme sobre o qual ainda nem tenho uma opinião formada. Devido a isso, resolvi esperar para assisti-lo. Portanto, vou falar um pouco sobre "O contador de histórias", o qual vi no sábado.

Não estou aqui para fazer uma análise técnica sobre o filme, mesmo porque não tenho gabarito para tal. Meu objetivo é apenas dar a minha humilde opinião sobre o mesmo, então, não me xinguem caso vocês discordem de mim, ok? Para informações mais aprofundadas, visitem o meu site preferido sobre cinema: http://www.cinemacomrapadura.com.br/*. Ele é muito bom quando o assunto é a sétima arte.

*Vale lembrar que não estou ganhando qualquer contribuição financeira ou moral para falar do site.


"Naquele dia, eu queria morrer".
Esse era o desejo de Roberto Carlos Ramos, o nosso contador de histórias, logo ao iniciar o filme.

De família muito pobre e com nove irmãos (essa história já é bem conhecida pelo povo brasileiro), o caçula de seis anos, Roberto, é levado pela mãe para a FEBEM.

Naquela época, a instituição era usada como internato permanente para crianças cujas famílias não tinham condições de criá-las, porém, era necessário ter no máximo 7 anos para entrar na mesma, por isso somente nosso protagonista pôde ser levado para lá.

É nessa fase de sua vida que podemos apreciar as melhores cenas. Quando o menino usa de sua imaginação para citar fatos que o cercavam, observamos, de uma forma muito interessante, sua realidade, seus sonhos e suas expectativas.

Todavia, ao atingir os sete anos, todas as crianças eram transferidas de setor. É aqui que a brincadeira termina.

Violência, descaso e desesperança são apenas algumas das palavras a serem usadas daqui para frente. É a partir de agora que ele é apresentado ao "mundo real" e que começa a ter de enfrentar vários desafios, tanto aquém quanto além dos muros de seu "lar".

Por não suportar mais aquele local, o garoto foge centenas - literalmente - de vezes, mas sempre é capturado novamente. Numa dessas capturas, aparece a pedagoga francesa Margherit, mostrando, claramente, que ela será sua salvação. Ela faz-lhe algumas perguntas e lhe pede para contar sua história. Então, inicia-se a conturbada e crescente relação dos dois.

Ao sofrer o maior trauma de sua vida (não vou dizer qual, obviamente), ele corre para a casa de Margherit e lá se esconde no banheiro, ficando por alguns dias sem sequer falar com ela. Depois de muita paciência e muito carinho despendido por ela, ambos passam a se conhecer melhor e a estabelecer um sentimento.

Daí pra frente, mais drama é acrescentado e o relacionamento deles só tende a aumentar devido a uma série de acontecimentos. No entanto, o rendimento da película começa a cair e, am alguns momentos, dá até vontade de dormir.

O que mais me irritou foi o descaso que tiveram com o encerramento. A pedagoga é totalmente esquecida, merecendo somente um off do verdadeiro Roberto (ele faz certos offs em algumas cenas), e o garoto ganha um final feliz digno de novela da Globo. Nada é perfeito, certo? xD

No que diz respeito aos atores, poderia repetir mil vezes que adorei a perfeita atuação de Maria de Medeiros. Ela tem a doçura, a paciência e a loucura nas medidas certas. Sem dúvida, dá um show! Já Roberto é representado em três diferentes fases, com seis, treze e vinte anos. Daniel Henrique interpreta o de seis, mostrando que já e um excelente ator, independente da idade. Paulinho Mendes, o de treze, também é de uma qualidade incrível. Já Cleiton dos Santos, o mais velho dos "Robertos" é um desastre. Mesmo sendo, supostamente, mais experiente, é uma lástima.

Também gostaria de ressaltar a atriz que dá vida à mãe, sem nome, diga-se de passagem, do garoto. Ela consegue transmitir todo o desespero de uma mulher que tem de praticamente abandonar o próprio filho para lhe fornecer condições de alcançar, ao que ela imagina, uma situação financeira melhor.

Apesar de bem previsível, o filme é uma lição de vida. Para todos nós que vivemos reclamando das mínimas coisas, é um momento para parar e refletir qual rumo estamos dando à nossa existência.

Quais são nossas prioridades?
O que realmente estamos "plantando"?
O que esperamos para o futuro?

Uma infindável série de perguntas surge em nossas mentes. Quanto às respostas... bem... essas ficam à cargo de cada um.

Longe de ser uma grande produção e sem aspirações a prêmios ou louvores, "O contador de histórias" veio apenas para fazer jus ao seu título, contar uma história. Contudo, não uma qualquer, mas a história de um homem que foi capaz de escrever seu próprio futuro graças à ajuda de uma mulher que venceu o preconceito.

Gostaria de pedir aqueles que assistirem, por favor, dêem sua opinião depois, certo?

Quanto aos posts, aceito sugestões.

Um grande abraço a todos e até a próxima.

Rodrigo, MtF.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

"Esse é o meu estilo ninja"

Olá, galera!
Estou de volta, trazendo mais um post.
Dessa vez, fiquei imaginando muito no que iria dizer. Pensei em falar sobre o novo filme de Heitor Dhalia (mesmo diretor de "Nina" e "O cheiro do ralo"), "À deriva", mas acabei achando melhor deixar isso para amanhã ou depois pois preciso ir em busca de boas informações ainda.
Com isso, decidi trazer algo com o qual já estou bastante familiarizado, anime. E um bastante conhecido: Naruto.
Grande parte das pessoas que conheço só viu "Naruto" pela TV aberta ou pela à cabo. Porém, recomendo que baixem os episódios, ou o mangá, que é ótimo, para conferirem o que de real ele tem para nos mostrar.
Como muitos podem dizer, Naruto é um anime infantil, imaturo e sem a mínima utilidade. No início, era apenas isso.
A proposta real, é fazer com que, ao longo da série, o espectador amadureça junto com seus personagens, promovendo uma dinâmica interessante e diferente da maioria de séries e programas que vemos hoje, os quais nada acrescentam. Por isso, ele começa bem "idiotinha" mesmo, com tiradas engraçadas e bastante humor. Contudo, em seu decorrer, mostra a que veio.
Então, vou fazer um pequeno resumo do que é o desenho.

O universo do anime mistura tecnologia com antigos rituais, portanto, não tentem fazer qualquer relação com nosso "mundo".
O planeta é dividido em nações. E, como não poderia deixar de ser, existem aquelas que são mais desenvolvidas, as quais são as chamadas Cinco Grandes Nações. Para cada nação, existe uma vila ninja oculta, a qual detém o poderio militar da mesma. Por isso, quanto mais desenvolvida for uma vila, maior será o poder militar de seu país, consequentemente, maior será sua liderança sobre o restante das nações (como acontece conosco atualmente).
Fogo, Vento, Raio, Água e Terra. Esses são os nomes das grandes nações ninjas. E suas respectivas vilas ocultas são: Vila da Folha (Konoha), Vila da Areia (Suna), Vila do Trovão, Vila da Nuvem e Vila da Rocha.
Uzumaki Naruto (em japonês, o sobrenome vem antes do nome) é um garoto órfão de 12 anos que vive na vila oculta de Konoha. Ele possui em seu corpo um monstro chamado Kyuubi (Raposa Demônio), a qual foi selada pelo Yondaime Hokage (4º Hokage, ou seja, 4º líder da vila de Konoha), que, por sua vez, teve que dar sua vida para cumprir tal ação.
Devido a ter um demônio dentro de si, todos têm medo dele, o que faz com que não tenha amigos. Por isso, cresceu sozinho e tornou-se um menino rebelde e revoltado, que adora fazer brincadeiras de mau gosto por onde passa e com qualquer um. Nem o atual líder da vila, o Sandaime Hokage (3º Hokage) escapa de suas travessuras.
Seu sonho é se tornar o líder da vila (Hokage). Porém, para isso, precisa, pelo menos, conseguir passar no exame final da Academia Ninja, o que tenta fazer há três anos.
E é a partir deste ponto que se inicia a trama. A luta de Naruto para conquistar seu espaço na vila e no mundo shinobi (ninja). Com muita garra e determinação, ele se juntará a amigos e viverá incríveis aventuras, sempre regadas a muito humor, muita emoção e, claro, muitas lutas =D
É um anime muito bom e que reserva grandes surpresas. Basta ter um pouco de paciência para aguentar o início, rsrs.
Só avisando, não cedi os créditos a nenhum site pois fui eu mesmo que escrevi :D

Para os que se sentirem interessados, fica o endereço de um dos maiores sites brasileiros sobre Naruto: www.narutoproject.com.br (não estou recebendo nenhum tipo de incentivo financeiro para fazer propaganda do site, rsrs).

Bem, fico por aqui prometendo voltar com um post sobre o filme "À deriva".
Abraço a todos.

Rodrigo, MtF.

P.S.: Apenas explicando o título do post. Essa frase é uma das mais ditas pelo protagonista do anime e é muito interessante, tendo em vista o enredo. Para entendê-la, assistam!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A roubadora de livros


Olá!

Bom agora já é dia 31... mas queria deixar registrado meus Parabéns ao Rodrigo que completou quase duas décadas de vida ontem (dia 30)! Feliz 19 anos, muuitas felicidades! :D

Estive pensando no que eu iria falar no meu post então optei por falar de um livro...

A menina que roubava livros de Markus Zusak (editora Íntriseca), pois é, esteve na lista de mais lidos por bastante tempo e ainda é um dos mais vendidos.

É excelente! Apesar de ter levado bastante tempo para terminá-lo, ele realmente prende e surpreende os leitores... quem já leu sabe do que estou falando, vale a pena.

Fiquei sabendo que irão fazer um filme baseado no livro, vamos aguardar mais informações sobre, vale pensar em quais serão os atores ideais para cada papel ...

Segue a sinopse do livro.


Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros '. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro '. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, de nossa narradora. Um dia, todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.


Então é isso, deixo minha sugestão de leitura e um até logo .


Gabriela, MtF!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Um belo estranho dia pra se ter alegria

Boa noite!
Para iniciar nossa "sessão musical", vou aproveitar que estou tendo um dia muito estranho e muito feliz ao mesmo tempo, para falar de uma linda jovem chamada Roberta Sá.
Essa potiguar de 28 anos canta músicas tipicamente brasileiras, especialmente sambas e MPB, os quais, na sua incrível voz, tornam-se maravilhosos!
Cedendo os créditos a Wikipédia, leia o texto abaixo para conhecer um pouco mais sobre essa cantora que tanto me encanta.

Roberta Sá nasceu em Natal (RN). Na infância seus pais lhe apresentavam rock (Beatles e Jovem Guarda), MPB e músicas regionais.
Aos 9 anos mudou-se para o Rio de Janeiro
(RJ) em virtude do segundo casamento de sua mãe.
Com 18 anos fez intercâmbio em Missouri
(EUA) onde estudou canto num coral durante um ano.
De volta ao Rio fazia aulas de canto, enquanto cursava jornalismo e trabalhava como balconista. Em 2001 fez show de abertura para apresentação das bandas Liquidificalouca e Paula Leal e Os Infiéis, no Planetário da Gávea.
Em 2002 durante as férias da universidade sua professora de canto Vera de Canto e Melo lhe recomendou que fizesse testes musicais, e Roberta acabou entrando no programa de televisão Fama
.
O programa, que se pretendia uma academia de artistas, tradicionalmente moldava seus cantores num estilo americanizado, o que não agradava a jovem que foi eliminada na quarta semana. O grande legado do programa segundo a própria cantora foi a oportunidade dela conhecer Felipe Abreu (irmão da cantora Fernanda Abreu
) que se tornou seu preparador vocal e lhe incentivou preparar um show, que foi realizado no Mistura Fina alguns meses depois, e logo após lhe recomendou a gravar uma demo.
Roberta gravou uma demo (contendo cinco canções), que chegou às mãos do autor de novelas Gilberto Braga
em 2003, que gostou da voz da cantora pediu que ela gravasse “A Vizinha do Lado” de Dorival Caymmi para a trilha da novela Celebridade, que escrevia no momento.
Roberta conheceu Rodrigo Campello, que se torna seu produtor. Eles gravam sob encomenda de uma empresa um álbum promocional intitulado "Sambas e Bossas". Entre as gravações alguns clássicos como "A Flor e o Espinho", "Essa Moça tá Diferente" e "Chega de Saudade"
.

Para uma biografia muito mais interessante, acessem: http://www.robertasa.com.br/index_pt.html. Esse site, o oficial, possui uma "carta biografia" em que ela conta um pouco de sua história, além de ter outras informações bem legais. E, é claro, não falta música! Vale a pena conferir.

E agora, vai a música que traduz o meu dia de hoje =D. Dessa vez, os créditos vão para o site Vagalume.

Estranho dia de amanhã

Notícias perderão todo controle dos fatos
Celebridades cairão no anonimato
Palavras deformadas
Fotos desfocadas vão atravessar o Atlântico
Jornais sairão em branco
E as telas planas de plasma vão se dissolver
O argumento ficou sem assunto

Vai ter mais tempo pra gente ficar junto
Vai ter mais tempo pra enlouquecer com você
Vai ter mais tempo pra gente ficar junto
Vai ter mais tempo pra enloquecer
Os políticos amanhecerão sem voz
O outdoor com as letras trocadas dentro do Banco Central
O pessoal vai esquecer como é que assina a própria assinatura
E os taxistas já não sabem que rua pegar

Que belo estranho dia pra se ter alegria
Eu respondo e pergunto
É só o tempo pra gente ficar junto
É só o tempo de eu enloquecer com você
É só o tempo pra gente ficar junto
É só o tempo de eu enlouquecer

Alarmes já pararam de apitar
O telefone celular descarregou
O aeroporto tá sem teto
E a moça da TV prevê silêncios e nuvens
A firma que eu trabalho faliu
E o governo decretou feriado amanhã no Brasil
Será que é pedir muito?

É só um jeito da gente ficar junto
É só um jeito de enlouquecer com você
É só um jeito da gente ficar junto
É só um jeito de enlouquecer com você


Para terminar, como sempre, segue o link do vídeo no you tube.
http://www.youtube.com/watch?v=KDAb_Z7fOuU

Um abraço e até mais.

Rodrigo, MtF!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Pra dar prosseguimento à conversa

Com este blog, eu não vou tomar o poder
Com este blog, uma revolução não vou fazer
(...)
Com este blog, eu não vou ganhar mais dinheiro
Com este blog, eu não vou mudar o Rio de Janeiro

Parodiando (toscamente, eu sei) com a música "Milhares de Sambas" da Ana Carolina, é que inicio minhas postagens.
Não estamos aqui, como dito acima, com pretensões de provocar mudanças ou revoluções. Apenas decidimos escrever um pouco de nossas opiniões sobre arte e vida, ou vida e arte para os mais conservadores. E, é claro, saber opiniões de outras pessoas =D
E onde melhor para fazer tudo isso senão na internet?
Fico por aqui, apenas frisando o que a Gabi disse: o nome do blog é muito fácil, então, não adianta darem desculpa de que esqueceram o endereço, rsrs.
Abraço a todos e até mais.

Rodrigo, MtF!

P.S.: Já que falei na música, fica o link do vídeo para vocês: http://www.youtube.com/watch?v=jD4PFksOoKs

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pra começo de conversa.

Meu nome é Gabriela e junto com Rodrigo - meu primo, antes que alguém pense que somos irmãos- vou falar, falar e falar, enfim, como qualquer outro bloggueiro. O propósito é falar de cinema, música, teatro, artes em geral. Por quê ? bom, nós gostamos e seria legal compartilhar, então é justo. Falar da vida também, cotidiano e o que for interessante.
O nome do Blog é fácil, então não esquece ok ?!
Até uma próxima!
Gabriela, MtF!