terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um nome muito conhecido, mas uma história renegada

Olá, galera!

Depois de uma semana tumultuada e de um fim de semana recheado de trabalho, estou aqui para trazer-lhes um assunto diferente do dos outros posts: pintura.

Desde o início de nosso projeto, tenho tentado criar um texto sobre essa expressão artística, no entanto, outros temas foram surgindo e acabei me esquecendo da empreitada.

Hoje, depois de umas conversas com a co-autora do blog, decidi postar sobre Vincent Van Gogh. O motivo? Basta olharem aqui no alto do espaço virtual que vocês encontrarão uma de suas mais famosas pinturas: Noite estrelada. Além disso, minha prima é apaixonada por sua obra, então, o artista não poderia ser outro.

Para meu profundo desgosto, não estou muito inserido no campo das artes plásticas e não tenho um bom conhecimento sobre telas ou esculturas. Por isso, recorri ao bom e velho Google para procurar algo sobre este pintor para trazer até vocês.

Até o presente momento, meus únicos contatos com Van Gogh haviam sido as conversas com minha prima, a leitura de uma breve biografia do mesmo que encontrei em um livro na biblioteca de minha faculdade sobre as principais expressões artísticas do milênio passado e seus respectivos representantes e, claro, as aulas de artes do colégio.



Rebelde, inclinado à solidão, até mesmo insociável, Van Gogh era um desajustado no seu lar, em sua terra e em sua sociedade. Considerado um dos principais representantes da pintura mundial. Nasceu na Holanda, no dia 30 de março de 1853, e foi criado em uma família protestante, constituída por seus pais, suas irmãs Elisabeth, Anna e Wil; e seus dois irmãos Cor e Theodore. Este último, apelidado Theo, foi o irmão que, durante toda a sua vida, esteve ao seu lado, dando-lhe sustento emocional e financeiro.

Aos 16 anos, ele foi contratado por uma administradora de obras de arte. Três anos depois, ele foi transferido para Londres, e dois anos depois para Paris. Após essas viagens, Van Gogh perdeu todo o seu interesse na venda de obras, e resolveu seguir os passos do pai e se tornar um pastor, para evangelizar os pobres.

Tendo seu curso de Teologia pago por seus pais, não encerrou os estudos e refugiou-se na Bélgica, onde iniciou seu tabalho como pastor, sempre pregando para os pobres. Foi nesse tempo que desenvolveu seu fascínio pela vida dos trabalhadores, usando os mineradores como inspiração para seus desenho à lápis.

Tendo retornado ao lar em 1880, encantou-se novamente com a arte do desenho e da pintura e resolveu estudar anatomia e perspectiva, especializando-se, como o próprio anuncia, em desenhos que retratem a vida. "Eu não quero pintar quadros, quero pintar a vida".

Alguns meses depois ele deixou a residência dos pais e foi ter algumas aulas de pintura com seu primo Anton Mauve. Gogh até mesmo chegou a se envolver com uma prostituta grávida chamada Sien Hoomik, com o qual ele teve um filho. Ele continuou a aperfeiçoar suas técnicas, sempre que possível usando Hoomik como modelo de seus quadros. Uns anos depois ele ficou irritado com Hoomik, e resolveu cortar relações com ela. Por conta de sua falta de inspiração, ele resolve voltar à residência dos pais para continuar seu treinamento artístico. Lá, ele é introduzido pela primeira vez às obras de Jean-Franqois Millet, no qual fica fascinado e começa a basear seu estilo nas obras de Millet.

Após o fracasso de "Os comedores de batatas" - quadro pintado com o objetivo de impressionar a comunidade artística, mas que não atingiu seu objetivo - muda-se para Paris, passando a viver com o Theo. Lá, descobre o encanto das cores claras e vibrantes e passa a usá-las de forma a dar vida a seus trabalhos. "Eu quero a luz que vem de dentro, quero que as cores representem as emoções".

Em Paris, Gogh conheceu vários artistas de renome, como Claude Monet, Paul Gauguin, Camille Pissarro e Emille Bernard. Gogh e Gauguin se tornam grandes amigos nessa época. Dois anos depois, Gogh se muda para Arles, na esperança de que seus novos amigos se juntem a ele para a criação de uma escola de arte.

Mais tarde, ele e Gauguin mudam-se para Arles e vivem um período de profunda fertilidade no trabalho. Porém, surgem os primeiros sinais de sua doença mental, a qual lhe causava ataques de epilepsia, ataques psicóticos e desilusões. Ele chegou ao ponto de perseguir Gauguin com uma faca, ameaçando-o constantemente. Certo dia, devido à uma briga com o amigo por causa de uma mulher, cortou sua própria orelha e mandou entregá-la a causadora da discussão.

Internando-se após este episódio, o pintor produz uma infinidade de obras no hospital, dentre as quais a obra que ilustra nosso despretencioso blog.

No mês de maio, deixou a clínica e voltou a morar em Paris, próximo de seu irmão e do doutor Paul Gachet, que iria lhe tratar. Este doutor foi retratado num de seus trabalhos: Retrato do Doutor Gachet. Porém a situação depressiva não regrediu. No dia 27 de julho de 1890, atirou em seu próprio peito. Foi levado para um hospital, mas não resistiu, morrendo três dias depois.

É considerado um dos inicadores do expressionismo e impressiona com a vitalidade de algumas obras e a morbidez de outras. Apesar de extremamente talentoso, sofreu do mesmo mal que tantos sofreram e sofrem até os dias de hoje: falta de reconhecimento perante a crítica. Somente conseguiu reconhecimento após a morte, graças aos esforços da esposa de Theo, o qual veio a falecer 6 meses após a morte do irmão.

Bem, esse foi um pequeno resumo da vida e obra de Van Gogh. Abaixo, seguem seus principais trabalhos:

- Os comedores de batatas;
- A italiana;
- A vinha encarnada;
- A casa amarela;
- Auto-retrato;
- Retrato do Dr. Gachet;
- Girassóis;
- Vista de Arles com Lírios;
- Noite Estrelada;
- O velho moinho;
- Oliveiras.

Para minha tristeza, tive que usar alguns ctrl+c, ctrl+v. Entretanto, fiz bastantes adaptações e creio que tenha ficado agradável.

Conto com a crítica sincera de todos vocês. Não tenho medo de ser criticado, pois tenho a ambição de melhorar sempre, logo, digam a verdade =)

Um abraço a todos e até o próximo!

Rodrigo, MtF!

Edit: Woow! Não sabia que o post tinha ficado tão grande! Desculpem-me :P

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sete vidas

Olá!

Depois de algumas semanas sem postar, por vários motivos, estou de volta e tentarei me redimir. A princípio, viria para falar de Hamlet, de Shakespeare, peça que eu e o Rodrigo tivemos
a oportunidade de ver na temporada no Oi Casa Grande aqui no Rio. Eu adorei, é sensacional, e exatamente por isso exigiria um post muito mais elaborado e crítico, então assim que sentir que posso falar de Shakespeare e de sua grandiosidade, trago para vocês algo sobre a peça.

O filme de hoje é Sete Vidas, de Gabriele Muccino o mesmo diretor de " À procura da felicidade", com Will Smith.


Will Smith é Ben Thomas um agente da receita federal. Durante o filme ele se propõe a achar sete pessoas para ajudar, são pesso
as devedoras da receita e que ele procura o real motivo das dívidas, assim tenta com seu próprio julgamento decidir quem é bom e quem é que está tentanto fugir de pagar seus tributos. Uma dessas pessoas é Emily Posa (Rosaria Dawson) que sofre de problemas cardíacos. Ben a investiga e a testa,como faz com todos os outros "candidatos" a serem salvos de alguma forma, porém com ela o envolvimento é um pouco mais forte.
Durante o filme, ocorrem vários flashs temporais que ajudam você a "desvendar" o porquê dele estar fazendo isso.
O filme é dramático, daqueles para te fazer chorar, no final você já imagina o que vai acontecer, mas ainda assim torce pra estar errado.
Atuação fantástica de Will Smith e de Rosaria, deram veracidade e me fizeram refletir assim que o filme acabou. Na verdade, me senti estranhamente perturbada no final. Eu não queria que o filme acabasse...

Bom, fica essa a sugestão de filme para o fim de semana ou, quem sabe, para quem como eu está se aproveitando da guerra na zona norte da nossa maravilhosa cidade do Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas de 2016, para ficar em casa. Ah, amanhã tem paralisação dos professores do Estado. Que maravilha!

Então é isso, até a próxima.

Gabriela, Mtf!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

"Mas que é a vida senão uma combinação de astros e poços, enlevos e precipícios?"


Olá, galera!

Eu sei que esse papo já está virando rotina, porém, não consigo evitar: desculpem pela demora na postagem. Estou em período de provas e estou ficando doido por isso, rsrs.

Mudei uma centena de vezes o assunto do post de hoje. Já pensei em escrever de tudo. No entanto, me veio à cabeça um livro que li recentemente e é sobre ele que falarei.

Ressurreição foi o primeiro romance publicado de Machado de Assis, no ano de 1872. Ele pertence à sua primeira fase de trabalho, conhecida como fase romântica. Contudo, desde essa primeira história, ele já demonstrava seu caráter crítico e extremamente observador quanto ao comportamento humano. Ao longo de todo o romance, pode-se sentir seu sarcasmo e suas "brincadeiras" com o destino de suas personagens e com a emoção do leitor.

É claro que por ser um escritor predominantemente realista, sua fase romântica foi recheada de muita ironia, em contraste com a escola romântica da época, a qual apregoava um texto dramático, exagerado e não condizente com a realidade.

Longe de repudiar o romantismo, estou apenas colocando o ponto de vista daqueles que eram contra esta forma de escrita.

Voltando ao escrito em questão, é um belo texto com um desenrolar digno do criador de Capitu e Bentinho. Por ser seu primeiro livro, está longe de ser tão bom quanto Dom Casmurro ou Memórias Póstumas de Brás Cubas, entretanto, é bastante notável sua iniciante aptidão para as letras.

Fica a dica: quem se interessar, o livro pode ser encontrado gratuitamente, assim como toda a obra de Machado, no site http://www.dominiopublico.gov.br/

Um grande abraço a todos e até o próximo post.

Rodrigo, MtF!

P.S.: O título do post é uma das frases que o protagonista diz ao longo da história. Só por ela, já dá para saber que esse não é um típico livro romântico.